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FIV e FeLV - o que é isso?
Para quem tem gatos ou quer adotá-los, essas duas siglas são o terror – são doenças felinas e não têm cura, infelizmente. Uma é o vírus da FIV (Imunodeficiência felina, ou “Aids”) e outra da FeLV (Leucemia felina).
Como um gato contrai a FIV?
A transmissão da FIV se dá basicamente pelo contato com o sangue, quando um gato é mordido ou arranhado por um gato portador do vírus.
Gatas infectadas também podem transmitir para seus filhotes pela placenta ou durante a amamentação.
É muito importante saber que a FIV não é uma zoonose - só é transmitida de gato para gato, e não para humanos ou outros animais.
Quais os sintomas da FIV?
Na fase inicial da doença, o gato pode ter febre, aumento dos gânglios linfáticos e aumento da chance de contrair infecções intestinais e cutâneas. Tudo isso pode acontecer num período de 4 a 6 semanas após o contágio.
A FIV pode apresentar uma fase latente, onde o vírus está no organismo, mas o gato não apresenta nenhum sintoma e tem uma vida normal. Isso acontece normalmente com gatos jovens e com um sistema imunológico competente. Apesar disso, mesmo que não se apresente sintomas e o vírus esteja latente, o gato portador ainda é capaz de transmitir a doença a outros gatos. Com o tempo e a idade, gatos infectados tendem a apresentar uma baixa severa da imunidade, e com isso ficam suscetíveis à doenças que podem ser fatais, o que em gatos positivos para FIV, é bastante difícil de controlar.
Como um gato contrai a FeLV?
O Vírus da FeLV pode ser transmitido através de saliva, secreções e pelo contato com fezes e urina infectada. Por isso, é comum o contágio entre gatos que compartilham caixinhas de areia ou potes de comida e água.
Os filhotes de gatas infectadas também podem nascer infectados por meio de contaminação pela placenta ou adquirir o vírus durante a amamentação. Cerca de 80% dos filhotes que adquirem o vírus nestas condições morrem na fase fetal ou neonatal, e os que resistem podem manter-se em viremia (presença do vírus no sangue) persistente. A FeLV, assim como a FIV, também só é transmitida de gato para gato.
Quais os sintomas da FeLV?
Assim como a FIV, a FeLV também compromete a imunidade do gato, e por isso pode-se observar diversos sintomas, como perda de peso, anemia, depressão, tumores, dificuldades respiratórias, febre, anorexia, problemas nas gengivas, problemas estomacais e mucosas alteradas na região dos olhos e de órgãos como rins, baço e fígado (que ficam aumentados). O vírus da FeLV também pode permanecer no organismo por anos sem o gato manifestar nenhum sintoma, mas podendo ser transmitida.
Como saber se meu gato tem FIV ou FeLV?
Por meio do exame de FIV e FeLV, feito em quase todas as clínicas veterinárias.
O mais comum é o do método ELISA, que é feito através de um kit e onde o resultado sai praticamente na hora. É um exame bem simples.
Além dele, existem também outros métodos, como o PCR, onde a amostra de sangue é testada em laboratório, e é um método ainda mais confiável que o ELISA.
Porém, quando se fala em exame de Fiv e FeLV, existem muitas dúvidas. Nenhum teste é 100% seguro, e fatores como problemas durante a coleta do sangue ou a fase em que se encontra a doença no organismo do animal podem alterar o resultado dos exames, e em alguns casos pode-se ter um resultado falso-positivo ou falso-negativo.
Outros fatores também influenciam no resultado do exame, como o tempo desde o contágio e a idade do gato. Inclusive, muitos veterinários afirmam que é preciso esperar até os 6 meses de idade para testar, pois antes disso a chance do resultado dar alterado é bem grande.
Por isso, os veterinários recomendam testar o mesmo gato mais de uma vez. Após o primeiro teste, recomenda-se testá-lo novamente dentro de aproximadamente 3 meses, para que se confirme o resultado.
Como é o tratamento da FIV e da FeLV?
Infelizmente, nenhuma das duas tem cura ainda. Basicamente, o tratamento de ambas são focados em aumentar e controlar a imunidade dos gatos, para que não contraiam outras doenças, e também do tratamento dos sintomas.
Na FeLV, em muitos casos é recomendado a transfusão sanguínea e a quimioterapia, que podem ajudar bastante e prolongar a vida do animal. Medicações para aumentar a imunidade e o apetite também são utilizados, assim como uma alimentação de qualidade para mantê-lo forte.
Em muitos casos, os gatos portadores dos vírus vivem uma vida longa e feliz sem nunca desenvolver os sintomas, e em alguns casos, o próprio organismo acaba expulsando o vírus.
Como prevenir?
Vacinação é muito importante - existe a vacina que previne a FeLV, a Quíntupla. Ela promete impedir que o gato vacinado contraia a FeLV, e é ideal para lares onde descobre-se que apenas um gato é positivo, e para não isolá-lo dos outros, vacina-se os gatos negativos para que não contraiam. Também é usada para gatos que vão à rua, onde as chances de se contaminar é extremamente alta.
Importantíssimo – mantenha seus gatos dentro de casa. Gatos que vão para rua, além de doenças horríveis, estão sujeitos à acidentes, a se perderem e à maldade humana. Ainda hoje, é comum ouvir comentários do tipo “ah, mas o gato gosta de dar uma voltinha”. Vivemos em cidades com carros passando para todo lado e pessoas cruéis. Pelo bem deles, precisamos mantê-los seguros dentro de casa.
Se seu gato tem algum destes sintomas ou qualquer outro e você desconfia que esteja doente, leve-o imediamente a um veterinário de confiança.
Fonte: https://blog.catclub.com.br/vamos-falar-sobre-fiv-e-felv-doencas-em-gatos/