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Alimentação saudável
O conceito de alimentação saudável para cães e gatos ainda é bastante controverso atualmente, principalmente por dois motivos.
Um deles é o fato de não existir um órgão legislador e fiscalizador responsável por dizer o que é ser um alimento natural: nos Estados Unidos, temos a AAFCO e, na Europa, a FEDIAF que fazem esse papel, mas, olhando para as duas normativas, existem várias diferenças para a definição do que é tido como natural por cada uma.
Já o segundo motivo é mais técnico. O termo “natural” implica em algo que não tem nada de artificial. Segundo especialistas, é praticamente impossível garantir uma refeição balanceada aos pets sem o uso de nutrientes sintéticos, como vitaminas e minerais.
Cães e gatos necessitam de 58 nutrientes diferentes diariamente e não conseguimos atender a essa demanda só com ingredientes comuns, como arroz, vegetais e carnes.
Então não existe comida natural? Existe, mas o nome que utilizamos para indicar essa alimentação é errado: os termos mais indicados seriam dieta caseira ou alimentação caseira, o que seria o oposto da dieta comercial.
Alimentação caseira: ela é recomendada?
Desde que o pet esteja saudável e sua dieta seja balanceada, não há problema algum em oferecer comida natural.
Realizar a consulta com um veterinário especialista em nutrição é imprescindível, visto que será necessário montar um cardápio próprio e não somente adquirir uma ração em especial. O que realmente importa neste momento, não é apenas qual o tipo mais adequado de refeição e sim o auxílio profissional que você buscará para decidir a melhor.
A comida natural precisa ser formulada corretamente - pode melhorar a pelagem dos animais, diminuir a queda, reduzir o volume de fezes (em muitos casos, esse tipo de alimentação é digerida mais fácil), trazer mais disposição e menos gases. Atenção para dietas vegetarianas e veganas, que muitos donos acabam transmitindo aos bichos. Os cães até conseguem fixar nutrientes de vegetais, já os gatos são estritamente carnívoros. Os felinos têm sofrido bastante com esse tipo de alimentação natural.
Para quem não abre mão de preparar em casa, reforçamos a obrigatoriedade de consultar um especialista que prescreverá o cardápio, ingredientes e modos de preparo, além da suplementação necessária – manipulada ou já presente no mercado. Sem a devida orientação, pode gerar deficiências nutricionais gravíssimas, tais como o enfraquecimento de ossos e distúrbios hormonais, entre outros.
A transição da ração para a alimentação caseira deve ser gradativa e sempre sob o acompanhamento de um especialista no assunto. Normalmente, em sete dias o animal já estará se alimentando com a nova dieta - se for radical, pode acontecer algum desarranjo intestinal.
Na hora de comprar de empresas especializadas, é fundamental checar o registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O alimento deve vir congelado e embalado a vácuo. Na hora de ser consumido, deve estar sempre cozido, nunca cru - o médico dirá se pode ou não haver ossos na mistura.
A polêmica dos alimentos crus
Se você se interessa pelo tema e já buscou algo relacionado à alimentação natural para cães e gatos, já deve saber que alimentos crus não são recomendados. Isso porque alguns patógenos presentes nas carnes cruas são capazes de induzir doenças em cães e gatos, podendo até mesmo passar para tutores.
Para que isso não ocorra, alimentos crus podem ser dados aos pets desde que sejam congelados por, no mínimo, 7 dias em freezer em temperaturas abaixo de -8ºC. Além disso, os alimentos não consumidos por eles em até 20 minutos devem ser descartados.
O que cães e gatos não devem comer
Além da sensibilidade a temperos, os bichos de estimação são intolerantes a: massas, comidas gordurosas, bebidas alcoólicas, leite, café, ossos, espiga de milho, abacate, chocolate, uva, uva passa, macadâmia, carambola, alho, cebola, condimentos, açúcar e excesso de sal e de gordura.
Está pensando em mudar o cardápio do seu pet? Consulte um médico veterinário especialista no assunto para levar ao seu melhor amigo mais sabor e saúde!
Fontes: